FNA se solidariza às vítimas da tragédia em Recife e ressalta importância do planejamento urbano nas cidades

As consequências do desequilíbrio ambiental e da falta de planejamento das cidades quanto ao uso e ocupação do solo urbano e rural, dessa vez, atingiram o estado de Pernambuco. A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) lamenta a tragédia ocorrida após as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Recife na última semana.
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As consequências do desequilíbrio ambiental e da falta de planejamento das cidades quanto ao uso e ocupação do solo urbano e rural, dessa vez, atingiram o estado de Pernambuco. A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) lamenta a tragédia ocorrida após as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Recife na última semana. A entidade registra sua solidariedade às famílias desabrigadas e às vítimas já confirmadas pela Defesa Civil.

As recentes inundações e deslizamentos no Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, e agora, Pernambuco, trouxeram à tona os riscos do crescimento desordenado das cidades brasileiras e as vulnerabilidades decorrentes desse modelo frente aos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. Profissionais de Arquitetura e Urbanismo são unânimes em afirmar que, ao lado de questões ambientais relacionadas à deterioração do meio ambiente, a falta de planejamento urbano nas cidades é uma das grandes responsáveis por episódios e mortes todos os anos.

De acordo com a presidente da FNA, Eleonora Mascia, a tragédia é decorrência da exclusão sócio-territorial e da falta de prioridade no atendimento às áreas mais vulneráveis, ocupadas pelos que estão à margem de qualquer ação de planejamento do território. “É preciso que políticas de acesso à terra urbanizada e bem localizada sejam prioridade no planejamento e nas políticas urbanas. A ocupação das áreas de risco, pela absoluta falta de alternativa, gera essa tragédia anunciada e recorrente nas cidades brasileiras”, defende Eleonora. A região metropolitana de Recife, assim como outras do Brasil, sofre com a falta de planejamento e de infraestrutura adequada. É necessário o investimento em políticas públicas e a implementação efetiva da Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social – ATHIS (Lei Federal nº 11.888/2008).

A FNA reforça o seu compromisso com a importância dos planos diretores participativos, a urgência de se discutir o ordenamento de uso e ocupação do solo, assim como o acesso à ATHIS como política pública.

Imagem: Diego Nigro/ Prefeitura de Recife.

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